Thunderbolts*: o que a Marvel nos ensina sobre branding estratégico e adaptação de marca

Thunderbolts*: o que a Marvel nos ensina sobre branding estratégico e adaptação de marca

A Marvel está dando uma aula prática de branding estratégico com o caso do filme Thunderbolts*. Depois de testar um nome que o público não entendeu, a empresa ajustou a rota e entregou uma campanha que prendeu a atenção de todos — e ainda gerou buzz sem revelar demais.

Essa virada mostra como o branding não é estático. Pelo contrário: ele precisa ser vivo, responsivo e ajustável. E é isso que torna esse caso tão interessante.

Thunderbolts* e branding estratégico: quando errar vira oportunidade

A ideia inicial: Thunderbolts com cara de Vingadores

Quando o filme foi anunciado, o nome Thunderbolts foi apresentado com a mesma fonte gráfica dos Vingadores. A intenção era clara: criar uma ligação visual e simbólica com a saga mais famosa da Marvel, reposicionando o novo grupo como possível herdeiro dos heróis originais.

No entanto, a conexão não foi percebida pela maioria do público. O nome passou despercebido, e a mensagem visual acabou sendo ignorada.

Como resultado, a Marvel identificou que a leitura da marca não estava funcionando — e decidiu agir.

A mudança sutil (e genial): entra o asterisco

Poucos dias depois, o nome aparece novamente. Dessa vez como Thunderbolts*. A adição do asterisco causou confusão, mas também curiosidade. Afinal, o que esse símbolo estava querendo dizer?

Além disso, os fãs começaram a teorizar sobre o que viria. A Marvel não deu muitas explicações, o que aumentou ainda mais o engajamento. Foi uma jogada de branding estratégico: usar o “não entendimento” a favor da marca.

A revelação final: era tudo parte do plano

Logo após o buzz criado pelo asterisco, a Marvel revelou que o nome real do filme é New Avengers (Os Novos Vingadores). O uso de Thunderbolts** foi uma distração planejada para aguçar a curiosidade e criar mais impacto no anúncio oficial.

Ou seja, eles transformaram um possível erro de leitura em uma estratégia de lançamento por etapas — e ganharam atenção dobrada.

O que aprendemos com esse branding estratégico da Marvel?

1. Nem toda mensagem é compreendida de imediato — e tudo bem

Marcas erram, e grandes marcas sabem reconhecer isso rapidamente. O segredo está em não insistir, mas sim usar a resposta do público como termômetro para ajustar a comunicação.

2. Criar mistério pode gerar mais engajamento do que revelar tudo de uma vez

O asterisco foi simples, mas gerou impacto. Inclusive, ele virou tema de posts, vídeos e debates. O fato de ninguém saber exatamente o que aquilo significava gerou valor.

3. Branding estratégico é saber mudar o rumo sem perder o controle

Em outras palavras, branding também é sobre timing. A Marvel soube quando mudar, como reposicionar e ainda transformou isso em uma narrativa inteligente — sem parecer desorganizada.

Conclusão: quando o branding estratégico vira narrativa

O caso de Thunderbolts** mostra que o branding não precisa ser rígido. Muito pelo contrário: ele precisa acompanhar o comportamento do público e estar pronto pra mudar sem perder essência.

Essa movimentação da Marvel foi um exemplo claro de como marcas que têm escuta ativa e visão estratégica conseguem reverter a situação a seu favor — e ainda ganhar autoridade no processo.

Se você gostou dessa análise, também pode se interessar por outro post da categoria Posicionamento de marca: o que a troca de Anitta do Nubank para o Mercado Pago nos ensina.

Compartilhe este artigo